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A Importância da Psicoterapia no Tratamento de Vícios e Fobias

  • Foto do escritor: PSICOPATCUKIER Desenvolvimento Humano
    PSICOPATCUKIER Desenvolvimento Humano
  • 27 de jan.
  • 4 min de leitura

Atualizado: 28 de jan.

Os vícios e as fobias são condições complexas que afetam milhões de pessoas em todo o mundo. Embora suas manifestações sejam diferentes – os vícios estão relacionados à dependência de substâncias ou comportamentos, enquanto as fobias envolvem medos intensos e irracionais – ambos podem comprometer gravemente a qualidade de vida. A psicoterapia tem se mostrado uma ferramenta cientificamente eficaz no tratamento dessas condições, promovendo o autoconhecimento, a redução dos sintomas e a reestruturação cognitiva e emocional.


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O Que São Vícios e Fobias?


Vícios: O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) classifica os vícios como transtornos relacionados ao uso de substâncias (como álcool, nicotina e drogas) ou comportamentos (como jogos de azar). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 35 milhões de pessoas sofrem de transtornos decorrentes do uso de substâncias psicoativas globalmente (OMS, 2021).


Os tipos mais comuns de vícios incluem:


  • Vício em Substâncias: Dependência química de álcool, nicotina, drogas ilícitas (como cocaína e maconha) e medicamentos controlados.

  • Vícios Comportamentais: Compulsão por jogos de azar, compras, uso excessivo de internet e redes sociais, e alimentação descontrolada. Esses comportamentos ativam os mesmos circuitos de recompensa cerebral associados às substâncias químicas, gerando dependência psicológica (Grant et al., 2010).


Fobias: São transtornos de ansiedade caracterizados por um medo excessivo e desproporcional diante de situações ou objetos específicos. A prevalência estimada de fobias específicas é de 7% a 9% da população mundial, com maior incidência em mulheres (American Psychiatric Association, 2013).


Os tipos de fobias mais comuns incluem:


  • Fobias Específicas: Medo intenso de objetos ou situações específicas, como alturas (acrofobia), animais (zoofobia), sangue (hematofobia) ou espaços fechados (claustrofobia).

  • Fobia Social: Medo extremo de ser avaliado negativamente ou humilhado em situações sociais, que pode prejudicar relacionamentos e a vida profissional.

  • Agorafobia: Medo de lugares ou situações onde escapar pode ser difícil ou embaraçoso, como multidões ou transporte público.


Como a Psicoterapia Atua no Tratamento de Vícios e Fobias?


A psicoterapia oferece um ambiente seguro para que os pacientes compreendam as causas subjacentes de seus comportamentos ou medos e desenvolvam estratégias para enfrentá-los. Entre as abordagens mais eficazes estão:


  1. Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): A TCC é amplamente reconhecida como o tratamento mais eficaz para vícios e fobias (Hofmann et al., 2012). No caso dos vícios, ajuda a identificar gatilhos emocionais e comportamentais que levam ao uso de substâncias ou comportamentos compulsivos, substituindo-os por alternativas saudáveis. Para as fobias, a TCC utiliza técnicas como dessensibilização sistemática e exposição gradual, reduzindo o medo de forma controlada.

  2. Terapias Baseadas em Mindfulness: Essas intervenções ajudam os pacientes a desenvolver uma maior consciência de si mesmos e de seus estados emocionais, promovendo uma relação mais saudável com pensamentos e sentimentos que contribuem para o vício ou a fobia (Bowen et al., 2014).

  3. Terapia de Grupo: No caso dos vícios, grupos terapêuticos como os 12 Passos ou terapias comunitárias oferecem suporte social e reduzem o isolamento, fatores importantes para a manutenção do tratamento.


Evidências Científicas e Benefícios da Psicoterapia


Pesquisas apontam que a psicoterapia é fundamental para o tratamento eficaz de vícios e fobias:


  • Vícios: Estudos mostram que até 60% dos pacientes em terapia para dependência química conseguem manter a abstinência após um ano de tratamento combinado com psicoterapia (McHugh et al., 2010).

  • Fobias: Mais de 80% dos pacientes tratados com TCC apresentam melhora significativa em seus sintomas fóbicos após 12 a 16 sessões (Choy et al., 2007).


Além disso, a psicoterapia melhora aspectos como:


  • Resiliência emocional: Ensina ferramentas para lidar com frustrações e recaídas.

  • Relacionamentos interpessoais: Reduz conflitos causados por comportamentos relacionados ao vício ou à ansiedade.

  • Autoconhecimento: Ajuda o paciente a compreender a origem de suas dificuldades e a desenvolver uma visão mais positiva sobre si mesmo.


Conclusão


O tratamento de vícios e fobias exige dedicação, suporte e abordagens baseadas em evidências. A psicoterapia é uma aliada poderosa nesse processo, promovendo mudanças duradouras e melhorando a qualidade de vida dos pacientes. Se você ou alguém que conhece enfrenta esses desafios, procure um profissional qualificado. O cuidado mental é essencial para uma vida plena e saudável.


Referências


American Psychiatric Association. (2013). Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (5th ed.). Washington, DC: APA.

Bowen, S., Chawla, N., & Marlatt, G. A. (2014). Mindfulness-based relapse prevention for addictive behaviors: A clinician's guide. Guilford Publications.

Choy, Y., Fyer, A. J., & Lipsitz, J. D. (2007). Treatment of specific phobia in adults. Clinical Psychology Review, 27(3), 266-286.

Grant, J. E., Potenza, M. N., Weinstein, A., & Gorelick, D. A. (2010). Introduction to behavioral addictions. The American Journal of Drug and Alcohol Abuse, 36(5), 233-241.

Hofmann, S. G., Asnaani, A., Vonk, I. J., Sawyer, A. T., & Fang, A. (2012). The efficacy of cognitive behavioral therapy: A review of meta-analyses. Cognitive Therapy and Research, 36(5), 427-440.

McHugh, R. K., Hearon, B. A., & Otto, M. W. (2010). Cognitive behavioral therapy for substance use disorders. Psychiatric Clinics, 33(3), 511-525.

Organização Mundial da Saúde. (2021). Relatório global sobre uso de substâncias psicoativas. Disponível em https://www.who.int.


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